Para cortar e lascar: um olhar sobre as ferramentas manuais de escultura

Resumo

Este artigo aborda o desenvolvimento e manutenção de uso das ferramentas manuais de escultura dentro do contexto da história Ocidental. Aborda, especificamente, as ferramentas manuais de corte, entalhe e cinzelamento utilizadas para esculpir madeira e pedra, procurando comparar as ferramentas utilizadas em diferentes períodos históricos – partindo da contemporaneidade, passando pelo Renascimento, Idade Média e Antiguidade, até chegar à Pré-História. Objetiva-se o estabelecimento da percepção de que, mesmo com todos os avanços científicos e tecnológicos alcançados nos séculos XX e XXI, em essência as técnicas e ferramentas escultóricas seguem sendo praticamente as mesmas, e cumprindo os mesmos papéis que tinham desde períodos históricos remotos. Assim, através de uma narrativa de comparação, e de referenciais teóricos como Giorgio Vasari (2011 [1550]), Rudolf Wittkower (2001), Claire Waite Brown (2007), e Josepmaria Camí e Jacinto Santanamera (2005) e, pretende-se demonstrar (e refletir sobre) esta “continuidade”.