A Ética e o Ensino da Ética na Educação Superior
concepções dominantes, matrizes curriculares hegemônicas e contradições teórico-práticas.
DOI:
https://doi.org/10.51399/reunina.v1i1.8Palabras clave:
Filosofia, Ética, Ensino da Ética, Conduta Pessoa, Direitos HumanosResumen
O presente estudo investiga a questão da identidade da Ética, enquanto ciência da condição e do agir humano, pressupondo seu caráter ontológico social e sua dimensão de ensino, através da análise criteriosa de fontes bibliográficas presentes no estudo da Ética e de uma pesquisa de campo em 5 universidades paulistas, coletando programas de ensino de Ética em 20 cursos superiores de diversas áreas. O problema nuclear do artigo partiu dos questionamentos: o que é ética, quais são os conteúdos ensinados nas disciplinas de Ética, qual é a formação dos professores, quais são os recursos bibliográficos e quais são as concepções de ética que pautam as práticas curriculares? O referencial teórico-metodológico da pesquisa fundamenta-se no Materialismo Histórico-Crítico, com seus autores e categorias centrais: a prática social, a dialética do trabalho e a configuração das esferas de poder. O conjunto dos dados analisados aponta para a predominância da concepção de Ética como interesse ou conduta de disposição corporativa e profissional e em restritos espaços é vista como referência política. Destaca-se como possível projeção que o problema da diversidade e da relativa superficialidade do ensino da Ética nasce, fundamentalmente, da ausência dos conteúdos filosóficos na formação básica e superior da educação e da escola brasileira. O presente artigo busca interpretar as relações possíveis entre o debate sobre Ética e Política nas sociedades atuais, a partir da vivência nas contradições da sociedade moderna, acabando por propor uma ressignificação entre o Ensino da Ética e a pauta da Educação em Direitos Humanos.