As fontes históricas para a educação: verdades na escrita da história
DOI:
https://doi.org/10.51399/reunina.v4i1.206Palavras-chave:
História da Educação, Nova história cultural, Fontes históricasResumo
A nova história cultural privilegiou o historiador com uma diversidade de fontes, as quais auxiliam e complementam a investigação e a escrita da história. Este artigo busca demonstrar uma parte deste manejo por parte do historiador, que busca respostas aos seus questionamentos. A fundamentação teórica dialoga com os conceitos de autores importantes, como Burke e Kossoy (fontes imagéticas), Rüsen (racionalidade histórica), Julia e Chartier (fontes, cultura material escolar), Farge (fontes orais) e Chartier (tempo presente) que contribuíram para a mudança no discurso historiográfico e o conceito de cultura, que na história cultural trata das representações sociais, das práticas culturais e do processo de apropriação, áreas em que a participação dos sujeitos que as vivenciam é visto como fundamental. As fontes mostram-se sensíveis e delicadas, cabendo ao pesquisador tratar o excesso, a anomalia, reelaborando os sentidos ao transcrever a história da educação. Foi essa diversidade de fontes empregadas em pesquisas recentes que possibilitou perceber a articulação, manejo e a interpretação de imagens, documentos oficias e não oficiais, cartas, bilhetes, escritos, publicidade e artigos de jornais, mobiliário, edificações entre tantos outros em que a História Cultural propiciou a ampliação do olhar como fontes relevantes para a construção de uma escrita da História da Educação.
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