Sobre leitura e emancipação do sujeito nas aulas de português como LM
algumas reflexões
DOI:
https://doi.org/10.51399/reunina.v4i1.193Palavras-chave:
Concepção de leitura; Projeto de ensino omnilateral; Língua Portuguesa.Resumo
Este trabalho tem por objetivo propor-se a discutir um projeto omnilateral de ensino de Língua Portuguesa, abordando concepções de leitura. Entende-se que as bases históricas que permeiam a disciplina de Língua Portuguesa, foram, ao longo de seu histórico, constituídas por sustentações voltadas ao capital e à manutenção da propriedade privada, além de reforçar concepções epistemológicas unilaterais, que tendem à classe burguesa. Deste modo, nossa discussão, ainda que seminal, parte dos trabalhos de autores como Kosík (1976), Marx (2004[1844]), Leontiev (2004[1959]), Britto (2012) e Volóchinov (2017[1929-30]), a partir de uma revisão bibliográfica qualitativo-interpretativa. Como resultado desta explanação, apresentamos lado-a-lado tendências do pensamento linguístico-filosófico e as concepções de leitura que elas representam. Deste modo, é possível vislumbrar não apenas a concepção histórica acerca de como tais tendências influenciaram tal disciplina, mas também em como elas desenvolveram-se a partir de bases epistemológicas que se fundam em concepções de ciência deslocadas da realidade material.
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Referências
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